O meu chevette verde
Em 2001 tirei minha carteira
O verme de dirigir tomava minha alma inteira
E em casa o chevette verde estava a minha espera
E com ele passei muitos momentos de alegria e tristeza
Posso dizer que ele de biólogo tinha um pouco
Frequentou mais a UECE do que muitos alunos
Posso dizer que de professor ele tinha um pouco
Frequentou muitos colégios e me ensinou muito
Momentos de alegria e entusiasmo
Ele estava sempre ao meu lado
Pisava fundo e ele fluía pelo mundo
E nessa cidade frequentou os quatro cantos
Frequentou muitas festas
Calouradas, aniversários, formaturas e casamentos
Sem falar das caronas que deu sem lamento
Quantas pessoas já estiveram dentro?
Apelidos não faltavam
Verdinho, Hulk e Shrek
O Chevette do Edinho
Isso tudo era demonstração de carinho
Palco de conversas, brigas e beijos
Ele presenciou o meu crescimento
Me ajudando até o último momento
E parte do que sou a ele também devo
Me serviu de divã
E nas longas viagens que fiz
Fui um mero aprendiz
Nos estofados empoeirados do seu chassi
Nele fiz amigos e inimigos
Amores e desamores
Chorei e cantei
Cai e levantei
Sustos me deu ao longo da nossa relação
Pneus esvaziaram, gasolina deixei faltar
A correia dentada estrompada e o motor a fumaçar
Uma Kombi a sua porta amassar e até furtado por 12 horas
Além disso afundamos uma traseira de um Celta
Bati sua traseira em uma estaca na UECE
Mas pintei sua lataria duas vezes
E o seu coração reformei
Uma história de 10 anos com mais de 100.000 km rodados
Acabou numa manhã de domingo
Uns estranhos gostaram dele
O pegaram e até hoje estou sem o meu amigo
Chevette verde, em memória estarei sempre contigo.
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